quinta-feira, 17 de março de 2011
Regras de nomenclatura binominal
Numa tentativa de universalizar os nomes atribuídos aos seres vivos, os cientistas procuraram criar uma nomenclatura internacional para a sua designação, estabelecendo regras para a atribuição de nomes científicos aos diferentes grupos taxonómicos.
A língua latina é a utilizada para escrever o nome dos organismos desde a Idade Média, pois é uma língua morta, não sujeita a evolução, mantendo o significado original das palavras.
Inicialmente, no séc. XVII, o botânico inglês John Ray desenvolveu um tipo de nomenclatura polinominal, pouco cómodo. Só mais tarde, através de trabalhos feitos por Lineu estabeleceu-se uma nomenclatura binominal, para designar as espécies, mais simples. As regras de nomenclatura estabelecidas por Lineu foram actualizadas pelas Comissões Internacionais de Nomenclatura.
Regras de nomenclatura binominal
* Cada espécie é designada sempre por duas palavras em latim: a primeira escrita com inicial maiúscula e correspondente ao nome do género ou nome genérico a que a espécie pertence; a segunda escrita com inicial minúscula, designando-se por restritivo especifico ou epíteto especifico, sendo apenas usada quando acompanhada do nome do género;
* A designação dos grupos superiores à espécie é uninominal, escrita com inicial maiúscula e podendo ser em latim ou na língua do utilizador;
* O nome da família obtém-se acrescentando a terminação idae à raiz do nome de um dos géneros desta família, no caso dos animais, ou acrescentando acea, no caso das plantas. Há, no entanto, excepções;
* Para designar uma subespécie, utiliza-se uma nomenclatura trinominal, seguindo-se ao nome da espécie o restritivo ou epíteto subespecífico. Por exemplo: Homo sapiens sapiens;
* Os nomes do género, espécie e subespécie são escritos em latim e normalmente em itálico. No caso dos manuscritos deverão ser sublinhados;
* À frente do nome da espécie deve escrever-se em letra de texto o nome ou a abreviatura do nome do taxonomista que, a partir de 1758, atribuiu o nome científico;
* Pode citar-se também a data da publicação do nome da espécie, sendo essa data colocada a seguir ao nome do autor, separada por uma vírgula.
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Um comentário:
muito, muito bom.
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